Em meio à escalada dos preços dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou hoje sua convicção de que os brasileiros logo voltarão a desfrutar de cortes de carne de qualidade – como a tradicional picanha – mesmo diante dos desafios impostos pelo mercado global e pelas condições climáticas adversas.
Durante entrevista à rádio Tupi FM nesta quinta-feira, Lula destacou que o fenômeno da “alta dos alimentos” tem raízes na crescente demanda por exportações e em fatores externos que pressionam os preços internos. “Nós estamos exportando e o Brasil virou quase um supermercado do mundo. Mas não pode faltar para o povo brasileiro o acesso à sua picanha, sua costela ou o corte que ele desejar”, afirmou o chefe do Executivo, ressaltando que o governo pretende dialogar com os empresários do setor para encontrar soluções que equilibrem os preços praticados no mercado interno com os valores do exterior .
Confira o vídeo com um trecho da declaração:
O presidente explicou que, embora alguns itens – como os ovos – tenham registrado aumentos expressivos, a tendência é de queda nos preços da carne. “A carne começou a cair, pode ter certeza que vai cair. O povo vai voltar a comer a sua picanha”, garantiu, demonstrando otimismo quanto à retomada do acesso dos brasileiros a produtos que se tornaram símbolos de qualidade e da própria cultura alimentar do país .
O impacto da alta dos alimentos vem prejudicando a popularidade do governo. Pesquisas apontam que a avaliação positiva do governo caiu de 35% para 24% nos últimos dois meses, refletindo o descontentamento da população com o aumento dos preços que tem afetado diretamente o orçamento familiar .
Segundo Lula, fatores climáticos – como chuvas intensas, períodos de estiagem e temperaturas extremas – também contribuíram para o cenário atual, elevando os custos de produção e, consequentemente, os preços para o consumidor. Ainda assim, o presidente enfatizou que medidas estão sendo estudadas para reduzir os preços, incluindo reuniões com atacadistas para alinhar os valores praticados no mercado interno aos de exportação, sem prejudicar o bolso do cidadão.