A gigante das redes sociais Meta anunciou nesta terça-feira (7) que encerrará seu programa de fact-checking (verificação de fatos) nos Estados Unidos. “Vamos eliminar os fact-checkers (verificadores de conteúdo) para substituí-los por notas da comunidade, semelhantes às do X (antigo Twitter), começando nos Estados Unidos”, escreveu o fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em suas redes sociais.
“É hora de voltarmos às nossas raízes em relação à liberdade de expressão. Chegou a um ponto em que há muitos erros e muita censura”, afirmou o executivo.
Em um comentário considerado uma indireta ao Supremo Tribunal Federal (STF), Zuckerberg declarou: “Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa”.
O diretor-executivo também argumentou que “os verificadores de fatos têm sido muito parciais politicamente e destruíram mais confiança do que construíram, especialmente nos Estados Unidos”. O anúncio da Meta reforça muitas das críticas dos republicanos e do proprietário do X, Elon Musk, sobre os programas de verificação de fatos, que muitos conservadores consideram uma forma de censura. Musk afirmou que “as eleições recentes (de 5 de novembro) parecem ser um ponto de inflexão cultural para, mais uma vez, priorizar a liberdade de expressão”.
A mudança de estratégia ocorre enquanto Zuckerberg busca se reconciliar com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, incluindo uma doação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 6,1 milhões na cotação atual) para o fundo de posse do republicano, que assumirá a Casa Branca em 20 de janeiro.
Meta
Anteriormente conhecida apenas como Facebook. A Meta é responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp.