Visando melhorar ainda mais o Programa de Proteção a Fauna, a Entrevias Concessionária de Rodovias concluiu a primeira jump-out em rodovias no Brasil, uma espécie de rampa que possibilita ao animal que adentrou o trecho da rodovia possa retornar às áreas protegidas, fora da faixa de domínio. Ao todo, cinco rampas jump-outs serão construídos. Esta primeira foi construída na SP-333, em Assis.
Assim como as passagens de fauna subterrâneas possibilitam a travessia segura do animal silvestre, a jump-out ou rampa de fuga vem complementar as medidas de mitigação de acidentes envolvendo animais. As cercas de fauna instaladas às margens das rodovias normalmente impedem que o animal silvestre acesse as vias, mas pode acontecer um escape e, então, a rampa auxilia no retorno ao ambiente natural.
A rampa jump-out é feita em terreno natural e permite que os animais caminhem até a altura da cerca e então possam pular para fora da área da rodovia em segurança. As rampas são dimensionadas para que os animais saltem para fora sem nenhum risco e altas o suficiente para os desencorajar a saltar de volta para a faixa de domínio. A rampa construída pela Entrevias foi desenvolvida e dimensionada com o apoio de pesquisadores internacionais e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
Passagens de fauna
A concessionária é responsável por 570 quilômetros de rodovias que possuem 46 passagens de fauna já ativas e outras 30 ainda devem ser implantadas. Desde o início do ano passado, elas começaram a ser monitoradas por câmeras e já registraram mais de 600 animais, isso mostra que as passagens são efetivas e desempenham o seu papel.
“Trabalhamos intensamente para que ocorrências envolvendo animais silvestres sejam mitigadas e reduzidas a zero, buscando sempre o que há de alternativas sendo aplicadas no mundo para atingirmos esse objetivo. Hoje, trechos que receberam passagens de fauna e cercamento, têm apresentado reduções de até 90% nesse número. Como sempre digo, cada ocorrência evitada são ao menos duas vidas salvas, a do animal e a do usuário que trafega em nossas rodovias”, afirma Osnir Giacon, gerente de SGI, Riscos e ESG.