Pelo menos um pet perdido é resgatado todos os meses pela empresa terceirizada da Prefeitura Municipal de Marília para tratar do bem-estar de animais acidentados ou machucados em via pública na cidade, a BG Zangrossi. Em abril, no entanto, o número desses resgates foi atípico. Só nesta semana foram registrados quatro casos com final feliz para as famílias.
Um desses casos é do cãozinho Nick, um poodle de 15 anos que não enxerga mais. Ele foi resgatado na noite desta quinta-feira, dia 18 de abril, enquanto perambulava às margens da Rodovia do Contorno e apresentava alguns machucados. Após uma pesquisa na internet com ajuda de associações protetoras, a família entrou em contato.
Foto: Marcelo Martin/Divulgação
O morador Matheus de Jesus Cardoso, de 33 anos, buscou o melhor amigo do sogro já nesta manhã desta sexta-feira, dia 19. “O Nick passou por debaixo do portão da garagem depois que meu sogro foi para a igreja. Quando se deu conta que ele havia escapado, ficamos desesperados. Procuramos até de madrugada e foi um alívio saber que ele foi resgatado”.
Em outro caso, de acordo com informações passadas pelo Corpo de Bombeiros, um cachorrinho da raça shih-tzu, identificado depois com o nome Ralf, caminhava sozinho pela rua e aparentemente estava desorientado. Devido a situação de perigo em que se encontrava e também podendo provocar acidentes de trânsito, o animal foi recolhido e levado para a sede do batalhão. De lá, os bombeiros que tiveram a atitude correta fizeram contato com BG Zangrossi.
A equipe da empresa contratada pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública e Serviços, fez a recolha do animal e logo iniciou a tentativa de encontrar o dono do pet pela internet. Por meio de um anúncio na rede social Facebook foi contactado o tutor Jefferson, que explicou que o cachorrinho havia fugido de casa.
Responsabilidade
De acordo com a Assessora da Secretaria de Limpeza Pública e Serviços e responsável pelo acompanhamento da execução contratual da BG Zangrossi, Amanda Canova, este tipo de serviço tem sido rotina da equipe que presta atendimento nas ruas. “Nós procuramos nas redes sociais, em grupos e também com a ajuda das ONGs e Protetoras para saber se há algum anúncio de desaparecimento. Caso não seja encontrado, o animal é tratado e colocado para doação responsável”.
Foto: Marcelo Martin/Divulgação
Além da atenção ao animal para recuperação de saúde, todos que são resgatados ou passam pelo serviço de captura desde o início do contrato estão recebendo um microchip, que posteriormente é adicionado o nome do tutor. Com a utilização de um cadastro, é possível identificar rapidamente a família do pet e a sua devolução.
A médica veterinária Lara Sicchieni, da BG Zangrossi, ressalta que dependendo da situação em que é constatada a reincidência da suposta fuga o tutor pode ser indiciado por maus-tratos. “Com a utilização do chip a gente acaba descobrindo, por exemplo, que em alguns casos o morador deixa o animal para fora de casa o dia todo. Isso não pode acontecer”.
Serviço 24 horas
O serviço de apreensão, captura e recolhimento de animais em vias públicas funciona 24 horas por dia, para animais agressores, suspeitos de portarem doenças infecciosas, atropelados, em sofrimento extremo e vítimas de maus-tratos, como tortura, privação de água, de alimento e vivendo em espaço inadequado.
Animais saudáveis não serão recolhidos, com exceção dos de médio e grande portes como bovinos, equinos, muares, caprinos, ovinos e suínos abandonados, já que podem causar acidentes. Nesse caso, o proprietário ou tutor tem até 72 horas após a apreensão para buscá-lo, realizando pagamento de multa, como determina o Código Zoossanitário de Marília, especificamente no artigo 37 da Lei 8.408/2019.
Para entrar em contato com a BG Zangrossi basta ligar para o número (14) 99849-9364.
